sexta-feira, 28 de outubro de 2011

#ArnaldoJaborRacista?


Ontem, em um longo papo no msn, conversei com um amigo sobre os últimos acontecimentos políticos. Não vou entrar em detalhes da nossa conversa. Foi longa! Ele me disse que as pessoas defensoras de Orlando Silva respondiam com agressividade quando questionadas sobre o suposto desvio de recursos públicos.
É meu amigo. Infelizmente algumas pessoas não conseguem dialogar. Pergunta-se: porque o Orlando saiu mesmo não sendo culpado (segundo ele próprio e o PCdoB)? Resp: Saiu pois, se culpado ou inocente, é melhor que as investigações ocorram sem desgaste do Governo Dilma. É uma estratégia política. Mesmo se sabendo inocente, Orlando e o PCdoB inteiro, sabem que se ele continuasse como ministro só prejudicaria a imagem do Governo perante a sociedade. Ah! E do partido também.
Então, afasta o cara que é melhor. Se ele for inocente... que prove isso aí fora.
Eu estava tuitando numa boa agora, e vi a hastag – é assim que se escreve? hastag #ArnaldoJaborRacista. E fui ver do que se tratava, a fonte que utilizei foi o site do Vermelho na matéria intitulada “Jabor destila racismo contra Orlando e é rechaçado noTwitter”.
Então vi, que além de ter falado mal da UNE e do PCdoB, Jabor proferiu, na Rádio CBN, a expressão: "Amigos ouvintes, finalmente, o Orlando Silva caiu do galho. Depois dessa declaração o comentarista caiu na “boca do Twitter” e o #ArnaldoJaborRacista bombou nas redes sociais!!

Caros leitores, venho lhes dizer, não tenho simpatia alguma por Arnaldo Jabor. Na verdade, às vezes eu até acho ele engraçado, acho até que ele poderia sair do Jornal Nacional e fazer parte do Zorra Total, fazendo uma dupla com a Dilmaquinista. Enfim, também não tenho nada contra o cara.
Porém, ao contrário de muitos, não vi racismo nas palavras dele. A expressão “cada macaco no seu galho” é usada sem fazer referência nenhuma à questão racial, e assim foi a forma como Arnaldo Jabor a usou...
"Égua, Nairo! Estás defendendo o Arnaldo Jabor, cara?"
Não, caros leitores, apenas mostrando meu entendimento. Cada ministro está num galho, e o Orlando Silva caiu do dele. A referência que Jabor fez, foi em analogia ao ditado popular, e não querendo se referir à cor do ministro. Todavia, nesse momento de efervescência política, cada um entende o que é melhor pra retrucar.
Falando sobre racismo, às vezes, a mesma palavra pode ser ou não racista. Vejam como exemplo um amigo falando pro outro:
- Fale meu preto! Como estás?
Em outra situação se o amigo tivesse mordido poderia falar assim:
- Seu preto fedido! Você me paga!
Ou seja, na primeira situação foi usado o termo “preto” sem racismo. Já na segunda situação, há uma dose grande de racismo. Concordam?
Assim o Jabor, tá lá no galho dele, com gente torcendo pra ele cair de lá.
Um grande abraço!
Prof. Nairo Bentes

quarta-feira, 26 de outubro de 2011

Greve, plebiscito, eleições 2012, Educação e PIB, Orlando Silva e PCdoB


É impressionante, mas ultimamente tenho deparado-me com uma imensa hesitação em escrever. Há diversos fatos que eu gostaria de comentar, mas não comento. Na verdade, até escrevo, só que não gosto quando leio. Então não publica-se.
Tenho algo a dizer sobre a greve, sobre o plebiscito de divisão do Estado, sobre as eleições 2012, sobre Educação, sobre a matemática... e o Ministro Orlando Silva.
Então eu vou deixando passar: “Ah! Depois eu escrevo, depois eu escrevo...” Até o tema sair do interesse das pessoas e se resolver, que acabo por não postar no blog.
A greve continua, este é um ponto. Já são trinta dias e nada do governo arredar. Esse ano não tem discussão, quem não paga o piso é fora da lei. Os alunos são prejudicados? Resp: São! Mas a responsabilidade é do Governo Estadual, hoje, tendo sua figura máxima de representação o Simão Jatene.
Sobre a Divisão do Pará, creio que os que defendem que ele continue unido têm mais certeza do que estão falando. É, por enquanto, sobre esse assunto, tô que nem a Dilma durante a campanha de 2010, eu apenas “acho”!
Sobre as eleições 2012, apenas adianto que minha participação política deverá se dar apenas em âmbito majoritário. Edmílson Rodrigues e Jorge Panzera são os pré-candidatos da esquerda que me agradam à priori.
Sobre Educação, além da discussão do PISO NACIONAL, merece referência a campanha pelo 10% do PIB na Educação. Só por curiosidade, antes de discutir sua importância, sua necessidade e nossa luta por essa bandeira, podemos nos indagar como começou essa campanha, na UNE ou na fala de Amanda Gurgel no Domingão do Faustão?
Sobre Matemática, tô devendo postagens na “Área do Aluno” do blog. Vou trabalhar nisso.
E sobre o Orlando Silva...? Bom, caros leitores, não vou postar aqui para fazer uma análise sobre as denúncias, calúnias, provas ou comprovações quaisquer, tampouco para dizer #SouOrlandoSouBrasil ou #OrlandoToContigo. Para ver os pontos de vistas sobre esse assunto acessem o site da VEJA, do VERMELHO, da FOLHA e o BLOG do MIRO. Quando comecei a escrever este texto o Orlando ainda era Ministro, agora não mais.
Sobre essa celeuma, quero apenas fazer uma crítica reflexiva a respeito de um ponto: A revista Veja diz que o PM João Dias é um militante do Partido Comunista do Brasil. O PCdoB diz que ele não é militante do partido, nem sequer filiado, que é um caluniador, e que ele sim, fez mal uso do dinheiro público e deve milhões para a União. O PCdoB entende que João Dias pelas mãos do PIG está causando isso tudo, e admite: ele apenas se filiou para ser candidato em 2006 a deputado distrital, e logo em seguida saiu do partido.
A reflexão que faço é: só é possível a entrada de pessoas dessa índole no PCdoB, como o PM João Dias, em virtude dessa abertura política que o partido vive atualmente. No Brasil todo, inclusive no Pará, existem pessoas que ingressam no Partido Comunista do Brasil, apenas para pleitear uma vaga no parlamento, e aí, caros camaradas, não se pode garantir que todos sejam honestos e de boa índole. Cada um que ingressa com interesses pessoais e eleitoreiros, vêm com seus ideais e com a força particular de sua carne.
Um grande abraço e excelente semana a todos!
Prof. Nairo Bentes

sexta-feira, 21 de outubro de 2011

Com demora, mas em reflexão ao dia 15 de outubro...



Naquele tempo, Jesus subiu a um monte seguido pela multidão e, sentado sobre uma grande pedra, deixou que os seus discípulos e seguidores se aproximassem. Ele os preparava para serem os educadores capazes de transmitir a lição da Boa Nova a todos os homens.

Tomando a palavra, disse-lhes:
- “Em verdade, em verdade vos digo: Felizes os pobres de espírito, porque deles é o reino dos céus. Felizes os que têm fome e sede de justiça, porque serão saciados. Felizes os misericordiosos, porque eles…”
Pedro o interrompeu:
- Mestre, vamos ter que saber isso de cor?
André perguntou:
- É pra copiar no caderno?
Filipe lamentou-se:
- Esqueci meu papiro!
Bartolomeu quis saber:
- Vai cair na prova?
João levantou a mão:
- Posso ir ao banheiro?
Judas Iscariotes resmungou:
- O que é que a gente vai ganhar com isso?
Judas Tadeu defendeu-se:
- Foi o outro Judas que perguntou!
Tomé questionou:
- Tem uma fórmula pra provar que isso tá certo?
Tiago Maior indagou:
- Vai valer nota?
Tiago Menor reclamou:
- Não ouvi nada, com esse grandão na minha frente.
Simão Zelote gritou, nervoso:
- Mas porque é que não dá logo a resposta e pronto!?
Mateus queixou-se:
- Eu não entendi nada, ninguém entendeu nada!
Um dos fariseus, que nunca tinha estado diante de uma multidão nem ensinado nada a ninguém, tomou a palavra e dirigiu-se a Jesus, dizendo:
- Isso que o senhor está fazendo é uma aula? Onde está o seu plano de curso e a avaliação diagnóstica? Quais são os objetivos gerais e específicos?
Quais são as suas estratégias para recuperação dos conhecimentos prévios?
Caifás emendou:
- Fez uma programação que inclua os temas transversais e atividades integradoras com outras disciplinas? E os espaços para incluir os parâmetros curriculares gerais? Elaborou os conteúdos conceituais, processuais e atitudinais?
Pilatos, sentado lá no fundão, disse a Jesus:
- Quero ver as avaliações da Provinha Brasil, da Prova Brasil e demais testes e reservo-me o direito de, ao final, aumentar as notas dos seus discípulos para que se cumpram as promessas do Imperador de um ensino de qualidade. Nem pensar em números e estatísticas que coloquem em dúvida a eficácia do nosso projeto.
E vê lá se não vai reprovar alguém! Lembre-se que você ainda não é professor efetivo…
Jesus deu um suspiro profundo, pensou em ir à sinagoga e pedir aposentadoria proporcional aos trinta e três anos. Mas, tendo em vista o fator previdenciário e a regra dos 95, desistiu. Pensou em pegar um empréstimo consignado com Zaqueu, voltar pra Nazaré e montar uma padaria…
Mas olhou de novo a multidão. Eram como ovelhas sem pastor… Seu coração de educador se enterneceu e Ele continuou…

terça-feira, 4 de outubro de 2011

Quem, melhor que os oprimidos?

“Quem, melhor que os oprimidos, se encontrará preparado para entender o significado terrível de uma sociedade opressora? Quem sentirá, melhor que eles, os efeitos da opressão? Quem, mais que eles, para ir compreendendo a necessidade da libertação?

Libertação que não chegará pelo acaso, mas pela práxis de sua busca, pelo conhecimento e reconhecimento da necessidade de lutar por ela.

Luta que, pela finalidade que lhe derem os oprimidos, será um ato de amor, com o qual se oporão ao desamor contido na violência dos opressores, até mesmo quando revestida da falsa generosidade”.

(Paulo Freire)